Entre as ruas do centro e da zona portuária do Rio de Janeiro pulsa uma história que o tempo não apagou. O Circuito de Herança Africana convida moradores e visitantes a mergulharem em lugares que preservam as marcas da resistência, da ancestralidade e da cultura afro-brasileira – um roteiro que transforma o olhar sobre a cidade e sobre o Brasil.
Criado pelo Instituto Pretos Novos (IPN) em 2016, o circuito tem como objetivo preservar e valorizar a memória da população negra, além de promover a educação patrimonial por meio de uma experiência viva e imersiva.
O percurso envolve a região conhecida como Pequena África, nome dado pelo sambista Heitor dos Prazeres à área que abrange os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Cada esquina conta uma história que moldou a identidade cultural do Rio.
O passeio pode ser feito com guias especializados e dura cerca de duas horas, passando por alguns dos principais marcos históricos da herança africana no Brasil.
Quais são os principais pontos do Circuito de Herança Africana?
O Circuito de Herança Africana reúne locais tombados, museus, praças e espaços culturais que contam a história do povo negro e sua influência na formação da cidade. Confira os principais:
Cais do Valongo
Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade, o Cais do Valongo foi o principal porto de desembarque de africanos escravizados nas Américas entre os séculos XVIII e XIX.
Hoje, o local é um marco de memória e reflexão, lembrando a contribuição e o sofrimento do povo africano que ajudou a construir o Brasil.
Pedra do Sal
A Pedra do Sal é muito mais que um ponto turístico: é um símbolo da resistência negra e berço do samba carioca.
Foi ali que surgiram as primeiras rodas de samba do Rio, embaladas pelos tambores que ecoam até hoje nas noites da região portuária. O local também é considerado um espaço sagrado para as religiões de matriz africana, carregado de espiritualidade e ancestralidade.
Largo de São Francisco da Prainha
O Largo da Prainha é um dos pontos mais vibrantes da Pequena África. Além de ser palco de rodas de samba e feiras culturais, abriga a estátua de Mercedes Baptista, a primeira bailarina negra do Teatro Municipal, símbolo da luta por representatividade nas artes brasileiras.
Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB)
O MUHCAB é parada obrigatória para quem deseja compreender a trajetória do povo negro no Brasil. Seu acervo reúne obras, documentos, fotografias e objetos que retratam a luta, a fé e as conquistas da comunidade afro-brasileira.
Além das exposições, o museu promove oficinas, feiras e eventos culturais que valorizam o empreendedorismo afro e fortalecem o turismo cultural do Rio.
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O que fazer e onde comer na Pequena África do Rio de Janeiro?
Depois de percorrer o Circuito de Herança Africana, vale aproveitar os bares e restaurantes da região, que preservam o sabor e a alegria da gastronomia afro-carioca.
Entre as opções mais conhecidas estão:
- Bafo da Prainha, com pratos típicos e música ao vivo;
- Angu do Gomes, um clássico carioca desde 1955;
- Casa Omolokum, com culinária afro-brasileira e ambiente acolhedor.
Por que visitar o Circuito de Herança Africana?
Mais do que um passeio turístico, o Circuito de Herança Africana é uma vivência transformadora. Ele convida cada visitante a reconhecer, celebrar e respeitar a contribuição negra na formação do Rio de Janeiro e do Brasil.
Cada passo nesse circuito é um ato de escuta, aprendizado e conexão com a ancestralidade, uma experiência que emociona e desperta consciência.
Hospede-se com conforto após o passeio
Depois de um dia de imersão cultural, nada melhor do que relaxar com conforto e boa localização.
Viva toda essa experiência enquanto se hospeda no Villa Reggia, no coração do Rio, perto da história, da cultura e da verdadeira alma carioca!
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Fontes: Instituto Pretos Novos e RioTur